Casa da Rua Ipiranga
Visitas: sexta a domingo, 14h às 18h.
Telefone: (24) 2231-8718/ 99249-3319
Endereço: Av. Ipiranga, 716 – Centro
Ingresso: R$ 10,00 (inteira) / R$ 5,00 (meia)
Site: http://www.petropolis.rj.gov.br/
Preços e horários podem sofrer atualizações. Recomendamos confirmar com a atração ou no site da Prefeitura de Petrópolis.
Informações históricas: a linda casa da Avenida Ipiranga 716, têm uma história bem real.
É um imóvel representativo da arquitetura eclética do final do século XIX e que continua intacto.
Construída em 1884 por José Tavares Guerra, afilhado do Barão de Mauá. Seus jardins foram projetados pelo botânico francês Auguste Glaziou. Na antiga estrebaria localiza-se o primeiro relógio de torre da cidade.
José Tavares Guerra educou-se na Inglaterra, tendo vivido na Europa desde os 07 até aos 28 anos de idade, indo inicialmente para a Alemanha, pois naquela época a Inglaterra não aceitava matricular pessoas vindas do Brasil por causa das chamadas doenças tropicais. Aos 15 anos, finalmente pode ir para a Inglaterra, a fazer os estudos superiores, graças a intervenção do Barão de Mauá, seu padrinho de batismo. De volta ao Brasil, cheio de boas lembranças da velha Europa, resolveu construir uma “Nova Inglaterra” para seu uso particular.
Para construir a mansão tipo “Queen Victoria”, importou grande parte do material (inclusive trabalhos em madeira de lei brasileira, lá entalhada), além de maçanetas e dobradiças de bronze, os brocados que revestem paredes dos salões, as lareiras de mármore de Carrara, os monumentais lustres e os apliques da famosa Fundição Barbedienne (1) encimados por cristais Baccarat, assim como os espelhos, igualmente franceses, que cobrem parte das paredes do salão.
Os tetos pintados sobre tela ou diretamente na madeira (há outros exemplares na cidade), são obra do pintor alemão Schaeffer, que acabou aqui se radicando. No “fumoir” da sala de jantar, as pinturas são atribuídas ao pintor italiano Dall’ Ara (2), que também pintou os afrescos da ” Villa Itararé”, outra linda mansão nesta cidade. Um dos salões é todo forrado em seda e outro em papel trabalhado a ouro com relevos.
Durante a construção da casa, atuou o engenheiro formado da Alemanha, Karl Spangenberger (1821 a 1890) que famoso por suas habilidades em madeira e na confecção de bengalas das quais muito se orgulham os colecionadores.
A mansão possui ainda estábulos com baias de ferro fundido, numa construção dominadas por um grande relógio de torre, o mais antigo da cidade.
Era visitada pelo Imperador Pedro II que percorria o jardim em seus passeios matinais e pelo Visconde de Mauá.
Além do prédio propriamente dito, há peculiaridade de o jardim ser de autoria do paisagista francês Glaziou (3), que veio para o Brasil onde reformulou os jardins da Praça da Aclamação. hoje Praça da República, da Quinta da Boa Vista, residência de D. Pedro II e os do Barão de Nova Friburgo.
Hoje a Mansão Tavares Guerra pertence aos familiares descendentes e também a família Rocha Miranda.
(1) Barbedienne, Ferdinand – fundidor francês (Saint-Martin de Fresney 1810 – Paris 1892)
(2) Dall’ Ara, Gustavo – pintor e arquiteto italiano (Veneza 1865 – RJ 1923)
(3) Glaziou, Auguste – botânico francês – (Bretanha 1833 – Boucal 1897)
Algumas pessoas acham que o nome desta mansão é, Casa dos 7 erros, na realidade não são erros e sim um estilo diferenciado de arquitetura. Vulgarmente chamada pelo povo desta forma. A família atesta que de erro não tem nada e o setor de Turismo também procura não usar esta denominação e sim Mansão Tavares Guerra – Casa de Petrópolis